Cascata

Cascata
Precisamos que fervilhem as ideias, conjugando-se para um desígnio e abrindo percursos na discussão.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

POR UM PARTIDO DEMOCRÁTICO.

POR UM PSD POPULAR, PARA A VERDADEIRA SOCIAL - DEMOCRACIA


Caros companheiros, exprimo a minha posição sobre o que deve ser a postura de uma comissão política do PSD, para que possamos viver em democracia.
Faço-o, para que o Partido saiba que tem pessoas e ideias diferentes; o PSD será mais popular pelo direito de escolha de alternativas, condição da liberdade e da democracia.
Acredito que para podermos ser alternativa a todos os Partidos, devemos começar por ser democráticos internamente. Devemos acabar com o exercício de mandar, devolvendo os destinos do Partido a todos os militantes, em total liberdade de confronto de ideias, não para nos guerrearmos, em defesa dos interesses pessoais, mas para chegarmos a melhores ideias para o desenvolvimento das terras de Lanhoso e da mentalidade das suas gentes. Só assim podemos ser todos responsáveis pelas decisões e podemos dar o nosso contributo, para a felicidade da sociedade Portuguesa.
Claro que devemos contar com os melhores valores desta terra, para liderarem a coordenação dos processos, pelo que a nossa preocupação é saber escolher as pessoas mais indicadas para nos representarem bem, política e tecnicamente, na gestão do País. Não chega termos boas pessoas à frente dos nossos destinos colectivos; precisamos sobretudo que os nossos eleitos tenham uma presença política forte, com ideias seguras sobre o que é o modelo social-democrata e como deve ser aplicado à gestão, para poderem controlar as equipas técnicas e dizer-lhes o que pode e não pode ser aplicado, face ao que é justo, democrático e respeitador das pessoas que pagam os seus salários.
Não vou falar-vos do estado a que chegaram os Partidos, porque isso é do vosso sentimento e sabem, como eu, as causas do descrédito nos políticos; quero apenas dizer-vos que há esperança em novas políticas, por haverem novas mentalidades. Há cada vez mais condições para que os Partidos passem a viver para o povo, pois que este já percebeu que é a razão e sustento dos que querem governar.
Com a vossa participação e exigência é possível abrir o Partido social-democrata à sociedade, colocando-o ao seu serviço. Por isso, faz sentido votar, sempre que haja mais do que uma proposta, para que não venham queixar-se depois de que nada muda e da vossa culpa, por não terem escolhido as diferenças.
Passarei a mostrar-vos as minhas ideias, que tentarei fazer sempre vencer, convencendo as pessoas que me acompanharem, da sua justeza e eficácia, mas contarei sempre com a crítica, correcta ou errada, dos militantes, nas assembleias do Partido, para que se respeite sempre o que for considerado melhor para o nosso bem comum!
As comissões políticas não existem para impor, nem para exercitarem poderes, mas para aconselharem os militantes e informá-los, para escolherem os melhores caminhos. Claro que haverá ideias perdedoras e vencedoras, mas às vencedoras cabe a grande responsabilidade pelos sucessos e fracassos do Partido! Democracia exige responsabilidade partilhada, pelo que estaremos mais solidários nas derrotas e aprenderemos a dar mais ouvidos aos que, mesmo em minoria, estavam certos! É isto que quero para a vida do nosso Partido.
Mas devemos querer mais:
Devemos acreditar em comissões políticas plurais, integradoras de todas as correntes de opinião, que queiram juntar-se ao projecto democrático.
Devemos querer que os militantes sejam informados de todos os assuntos políticos e também das contas e vida partidária, para o que as assembleias de militantes têm de funcionar, pelo menos para que as presidências pratiquem o compromisso social que assumiram.
Devemos querer uma maior articulação entre a comissão política e os nossos militantes, de modo que estes se aconselhem previamente, antes de tomarem decisões políticas que afectem o bom-nome e a ideologia do Partido; é nisto que se baseia a confiança política.
Devemos formar os militantes para saberem actuar nas suas intervenções, mas sobretudo, quero que todos entendam o programa da social-democracia, que é fundamental explicar aos novos militantes e aos nossos jovens.
Devemos abrir o Partido aos cidadãos, criando contactos na comissão política, de orientação para resolver os problemas de Vida das pessoas; em complemento quero criar uma bolsa de oportunidades profissionais ou outras, úteis para responder às necessidades reais dos militantes.
Devemos criar encontros de concertação social com todas as forças associativas cívicas e partidárias interessadas, representadas no País, para que se definam os objectivos e processos do desenvolvimento sectorial nacional, independentemente das estratégias e acções partidárias, obviamente diferentes, consoante os seus princípios ideológicos.
Devemos organizar um processo de selecção de candidatos para as diferentes disputas eleitorais, de modo que se garantam os mais competentes, quanto ao valor da sua proposta de acção para o cargo, quanto à sua preparação cultural, quanto à sua experiência de gestão pública, quanto ao reconhecimento da sua dedicação aos outros, quanto ao reconhecimento da justeza dos seus actos e humanismo e quanto à prática da social-democracia na sua vida diária. Para tal, devem ser os militantes a proporem-se como interessados a candidatos, para que a comissão política analise o curriculum e proponha os mais indicados em assembleia dos militantes, para que estes decidam, sobre várias opções, quais os que devem ser candidatos oficiais pelo Partido. Não nos interessa ganhar eleições, por ganhar, mas para que os eleitos melhorem a imagem do Partido, a longo prazo!
Finalmente, caso haja necessidade de recrutar candidatos independentes, onde os nossos militantes não estejam disponíveis, deve pedir-se a filiação destes nossos simpatizantes, que devem saber conviver com a coragem de se assumirem social-democratas e sendo solidários com todos os companheiros candidatos, de modo que fortaleçam o Partido, para que este possa fortalecer cada um de nós!
É tempo de deixar de olhar continuadamente para os conflitos do passado e tentar ver sempre em frente, à procura do que é melhor para a felicidade de todos, sempre pela concertação do diálogo entre opositores, sem os preconceitos de ataque pessoal.
A união é em torno da social-democracia, porque esta permanecerá. Os líderes serão apoiados, enquanto a cumprirem, pelo que nunca mais serão donos do Partido. Devemos lutar pelo que queremos, sempre com a coragem de saber desobedecer! Assim viverá o PSD para sempre.

1 comentário:

Unknown disse...

Caro companheiro,
Na realidade compartilho as suas ideias quanto ao que deve ser a organização do nosso partido.Infelizmente pecamos ás vezes por não sermos democráticos entre nós.Isso vê-se não só a nível das figuras mais destacadas,como a nível de secções.Agora com a elaboração das listas para as autarquias não se escolhem as pessoas pela sua mais valia,mas muitas vezes pelo lugarzinho que se prometeu.As mulheres então se não fosse a malfadade lei da paridade seriam quase banidas das listas!Digo malfadada lei,porque acho que as mulheres não devem estar na política por quotas ,mas sim por mérito próprio.(E há muitas mulheres competentes!).