Cascata

Cascata
Precisamos que fervilhem as ideias, conjugando-se para um desígnio e abrindo percursos na discussão.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MANIFESTO DE CANDIDATURA À PRESIDÊNCIA DO PSD

     Caros companheiros, amigos do mesmo querer, da mesma postura e dos mesmos ideais de justiça e democracia:
     No próximo dia 3 de Março, entre as 17 e as 23 horas, vamos novamente escolher o Presidente da CPN do PSD.
     Este vosso companheiro vai candidatar-se, espontaneamente, à Presidência do nosso Partido. Nasci em Miranda do Douro, mas a minha família é essencialmente minhota. Já passei por comissões políticas concelhias, pelas mesas das Assembleias, participo nos congressos do Partido e sou representante assíduo da Póvoa de Lanhoso na respectiva distrital. O meu pensamento político está transcrito em http://socialhumano.blogspot.com/2008/05/proposta-de-renovao-de-programa-para-o.html. Encontro-me, presentemente, a realizar um mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território, tendo desempenhado funções profissionais de Professor, consultor comercial e empresário!

     Candidato-me, no contexto de uma situação nacional difícil para a afirmação dos valores, em que acredito. Sabemos todos como é o sentir de cada um, quanto ao facto de termos deixado chegar o País a esta situação; deixamos, porque nunca nos perguntaram, que caminhos queríamos seguir e só nos deram o poder, mal aproveitado, de escolher quem iria ter o poder definitivo de mandar nas nossas vidas! E também deixamos, porque nunca tivemos a coragem de lutar por um País e por um Partido de homens livres, onde as pessoas não precisem de estar caladas, sob pena de perderem o seu sustento, quer tenha sido ou não conseguido por meio de favores, dentro do Partido, ou dependentes de personalidades influentes, com poder de controlo sobre o Partido!
     Questiono-me, muitas vezes; que deriva ideológica fez o PSD, após o desaparecimento de Francisco Sá Carneiro, para ser hoje considerado um Partido de "direita", apesar de a social-democracia pretender estabelecer equilíbrios sociais, de acordo com uma doutrina ideológica de governo da sociedade, conotada com os princípios filosóficos de "Centro" do espectro partidário! Que interesses elitistas aprisionaram o PSD e lhe retiraram a carga de pensamento, que o conotavam com o sentir do povo das bases?!
     É com o propósito de criar uma nova mentalidade política, de afirmação da democracia real, que eu me candidato; defendo que só com a solidariedade da escolha da maioria das bases de uma instituição, ou de um País, podemos ter maior empenho na concretização das políticas, escolhidas por todos, porque a maioria será responsável nos resultados obtidos e não andaremos a culpar minorias pelos erros da governação, demitindo-nos da responsabilidade colectiva de gerir o País!

http://www.youtube.com/watch?v=w8ristbwYrE&feature=related 
    Na prática, nunca tivemos a democracia, isto é, o poder das bases em determinar a escolha livre maioritária sobre as opções esclarecidas e propostas pelas direcções. Internamente, os plenários dos militantes quase nunca foram chamados a pronunciarem-se sobre as opções e escolha de decisões. Na prática, escolhe-se apenas quem vai ditar vontades particulares, nada mais! Eu digo, como podemos dar a democracia ao País, se não conseguimos tê-la internamente?!
     Em consequência, os directórios apresentados à escolha, logo que eleitos, agiram como quiseram, muitas vezes desrespeitando os ideais social-democratas, no que concerne à justiça social, à execução democrática, à solidariedade altruísta entre classes, à liberdade responsável, ao respeito pela vontade lícita dos cidadãos, à igualdade de oportunidades, por exemplo no mercado de trabalho, à justa repartição de responsabilidades e rendimento pelo esforço relativo de cada um, ao respeito pelo cumprimento dos valores dos direitos do Homem, expressos na Constituição da República, à expressão dos valores humanistas de respeito por todos, à negação dos egoísmos de classes ou individuais, etc.!
     Em suma, os dirigentes, sobretudo no plano governativo, nunca tiveram presente a principal missão do Estado e das suas funções, para com os contribuintes e nunca entenderam que estavam ao serviço dos cidadãos e que eram pagos por estes! Resumindo, assistimos a uma sucessão de grupos, ditadores das suas ideias tecnocratas, numa postura primitiva da mentalidade arcaica, de os servidores armarem-se em senhores dos servidos, isto é, de os empregados mandarem arrogantemente nos seus patrões, de modo a satisfazerem os interesses económicos das minorias privilegiadas; em resultado, os governantes puseram em causa a razão da existência do Estado, que é a de regular a inter-relação dos cidadãos e impedir o aproveitamento doloso e prejuízo alheio nas relações sociais!
     Actualmente, vemos um directório, apostado em favorecer, quem já é naturalmente favorecido pelo sistema de funcionamento económico e social, o que vem aumentar mais os desequilíbrios nas relações de Poder, concentrando vontades nas cúpulas dirigentes da sociedade, ainda organizada segundo o modelo hierárquico militarizado, em que a vontade cimeira é transmitida às bases, segundo o esquema de suborno salarial de chefias e obediência acrítica, através do mecanismo de controlo da execução e ameaça de punição, que assegura o cumprimento da corrupção moral dos dirigentes.
     Ainda, assistimos à implementação de políticas liberais, incrementadoras da liberdade quase total da iniciativa privada, de alienação do poder regulador do Estado, a quem se retira participação mutualista nos serviços básicos de sobrevivência dos cidadãos, como a saúde e segurança social, colocando-os progressivamente na mão das vontades lucrativas de corporações financeiras; não podemos ter um Estado forte, logo com capacidade de regulação sobre o poder económico, se aquele desintervencionar os serviços públicos, fortemente apetecidos pelos grupos privados! O cidadão não pode depender da sua saúde financeira actual, para ter direito à sobrevivência, nem pode ser economicamente abusado, para evitar sofrer ou impedir a morte! A social-democracia não concebe um sistema, em que a razão essencial da existência do Estado seja sacrificada, apenas para este se tornar numa instituição de asilo de cargos político-administrativos, inúteis ao bem-estar dos seus contribuintes! Não queremos um Estado, que seja a causa de todos os problemas da vida do cidadão comum, como ele é actualmente!
http://www.youtube.com/watch?v=KuZbee9Bk9I&feature=channel
     Portanto, neste contexto, não há democracia, falhando, no imediato, a concretização do primeiro ideal do nosso Partido. Temos dirigentes apostados no favorecimento da ditadura económica capitalista, que apenas serve o interesse das classes privilegiadas e agrada a quem vive para acumular riqueza, à custa do sofrimento alheio, infligido pela austeridade, que é votada a satisfazer a ganância e objectiva a felicidade de poucos, à custa da infelicidade da esmagadora maioria dos cidadãos, sobretudo quando se reduzem os benefícios das classes médias e médias baixas.
     Estamos a contribuir para estabelecer uma sociedade primitiva de duas classes, separando-se os mandantes ricos dos obedientes pobres! Toda esta concepção política é contrária ao ideal social-democrata, que foi construído para impedir os abusos de Poder de qualquer classe social e para manter o equilíbrio das relações pessoais, no sentido de respeitar todos os interesses lícitos altruístas e homenagear a justiça social, para o Bem comum e sucesso de um povo!
     Obrigam-nos a cuspir na social-democracia, com o pretexto de que são imposições externas, mas ao mesmo tempo apresenta-se uma proposta de revisão constitucional, concorrente com os atropelos aos mais fracos e à dignidade do humanismo; http://democraciaemportugal.blogspot.com/2010/10/os-directorios-partidarios-conhecem-se.html.
     A social-democracia não pode aceitar normas europeias neo-fascisantes, nem a construção europeia, comandada pelo interesse económico de grupos mafiosos capitalistas, que visam instabilizar a situação sócio-profissional dos cidadãos, entendidos apenas como peças da máquina de rentabilidade, apenas vocacionada para escolher os menores custos financeiros, ao serviço das necessidades accionistas do sistema financeiro mundial, agora obviamente apostado nos mercados laborais mais baratos.
     A social-democracia sabe bem que o salário do pecado político é a revolta popular, o tumulto social e a destituição do poder político viciado; por isto, devemos estar ao serviço da paz social, apostando em concretizar a democracia, para que os caminhos a percorrer resultem das escolhas esclarecidas de todos e no empenho solidário de todos na sua execução, criando-se maiores sinergias entre governados e governantes.
     E, por cada erro governativo, o Partido perde em credibilidade, contribuindo para um sentir popular generalizado de corrupção ideológica e funcional, que desmobiliza entusiasmos e retira esperança aos portugueses, e que se transforma num ódio crescente contra a política e contra os seus intérpretes, mesmo que sejam bons, por estarem sempre de pensamento tolhido, numa postura de consentimento e concordata com tudo o que emana das lideranças! Sobretudo por isto, candidato-me para que o Partido não seja vítima dos erros governativos e para que possa ter uma postura crítica e ideológica, face à governação, também muitas vezes tolhida pelos compromissos internacionais, onde não nos afirmamos! Defendo que a Presidência do Partido não pode ser assegurada por quem assuma funções governativas, de modo a garantir isenção de posições, que fortaleçam a confiança dos nossos simpatizantes, alimentando novas soluções conselheiras à própria governação e reforçando a esperança noutras alternativas pensantes, que a diversidade do nosso Partido vai criando e contém!
     Neste quadro de perigos vários, em que se pretende retroceder às velhas fórmulas das ditaduras unipessoais, representantes dos interesses minoritários gananciosos, alguém tem de marcar a diferença e a evolução de mentalidades civilizacionais, que objectivem dar passos em frente, para a implementação da democracia, em todas as relações individuais, sociais e institucionais, para o bom entendimento e respeito da dignidade e valor infinito de todos.
     Para tanto, precisamos regulamentar a instituição das iniciativas legislativas dos cidadãos e o parlamentarismo político dos movimentos cívicos e sindicais, para que todos debatam e proponham os melhores caminhos para Portugal, resultantes da afirmação da diversidade de muitos pontos de vista, que impeçam o autismo das elites arrogantes e agarradas a verdades relativas, convenientes à afirmação das importâncias e superioridades, que se desactualizam e negam sucessivamente! Isto permite que se reforce a qualidade política dos candidatos partidários, nomeadamente democratizando-se a selecção destes, que devem ser livres de se auto-proporem e submeterem à avaliação das suas competências, propostas e intelectualidade, no seio das Assembleias gerais deliberativas, para que se terminem as escolhas de amiguismos!
     Com estas mudanças decisivas podemos ser a lanterna do mundo, pelo que podemos congregar o interesse dos nossos aliados civilizacionais do panorama internacional, para aumentarmos decisivamente o nosso poder de negociação no seio da União Europeia!
     Não temos de insistir continuadamente nas velhas fórmulas de poder das elites primitivas, auto-presumidas como donas de tudo, onde actuam e ainda prostradas sobre o seu umbigo, em defesa dos seus interesses de egoísmo parolo, avarento, sectarista e segregador dos estatutos ridículos da importância do poder oco dos cargos, do dinheiro e do conhecimento institucionalizado e permitido, que tanto gostam de sonegar à sociedade!
     Numa sociedade, em que o dinheiro é poder, que submete quem dele depende, e que humilha todos quantos o não têm, importa que os governos equilibrem as pressões de interesses, aceitando a constituição da regulação permanente do poder político, feita pelos cidadãos. São estes que pagam todos os poderes, logo, devem regular o exercício governativo, chamando a si o poder de destituir, quem violar compromissos eleitorais, ou as normas legais e constitucionais.
    Para tal, a própria Constituição da República deve ser reelaborada com a participação de todos, de modo que a separação efectiva do poder político do poder judicial, possa dar liberdade ao tribunal constitucional, para julgar os desvios da execução governamental. Isto é, os tribunais devem assegurar o cumprimento da vontade lícita dos eleitores contribuintes, cabendo-lhes o papel de regular o exercício político legislativo, em nome da obrigação que assumem, de defender o interesse justo do povo que os paga!
     O papel dos dirigentes deve ser meramente consultivo e executivo, indicando opções viáveis e concordantes com os princípios social-democratas, de resolução dos problemas e obtendo aprovação maioritária pelas bases, para poderem executar a solução escolhida! Isto é democracia esclarecida e participada. O passo que falta dar, para termos implantada a democracia!
     Neste contexto, os plenários do nosso Partido são o órgão mais importante, por onde devem passar todos os processos de proposta, discussão e aprovação das opções de escolha! É por isso que me candidato, por entender que é preciso dar lugar a outras gerações, mais capazes de implementar uma nova mentalidade dirigente e abrir o Partido à sociedade, mostrando como funciona a democracia e recolhendo adesões, sendo útil, não apenas aos militantes, mas essencialmente à sociedade, onde nos afirmamos, na tentativa desinteressada de colocarmos os nossos talentos à disposição dos cidadãos, para resolvermos eficazmente os problemas, com a preocupação de melhorar a viabilidade do futuro do nosso povo, num clima de acordo e altruísmo social.
     E isto vale em qualquer processo de escolha, nomeadamente das pessoas que nos representam nos cargos públicos de gestão política dos territórios! Só faz sentido ter escolhas apoiadas pela maioria, para que todos possamos meditar e responder sempre pelos erros de convicção gerais e para que ninguém imponha ditaduras de vontade pessoal ou de grupinhos, que acabam por ser um problema, de imagem negativa, para as instituições que representam, arruinando a nobre arte da política. Em democracia, não pode haver militarismo, nem hierarquia mandante; em democracia, contamos com a intervenção esclarecida de todos, na busca das melhores soluções, que sirvam o interesse do Bem comum e não apenas o de uma pessoa ou grupo particular! Tudo pela maior justiça e acerto das soluções, contra a precipitação do amadorismo e contra o oportunismo dos mais despertos!
     É por não termos tido a coragem de optar pela diferença, que chegamos a este estado de frustração, mediocridade e falhanço do sistema político, baseado na ditadura dos grupos.
     Portanto, está, mais uma vez, nas vossas mãos, escolher bem; aproveitem e exerçam correctamente esse poder, de que não têm consciência, ou de que se têm alheado, por não terem interesses directos na distribuição dos favores e lugares!
     Convido-vos a votarem na permanência do vosso poder, para ajudarem-me a construir um Partido vivo, cooperante e poderoso, onde todos os militantes se informem, formem, pronunciem e escolham sem diferença, nem excepção, dentro dos valores e princípios do que é a social-democracia, muito esquecida, ou adulterada, nos nossos dias!
     Para que ninguém se sinta dono exclusivo do Partido e das vontades colectivas! Para que todos possam crescer intelectualmente, para um modelo mais evoluído de sociedade e do seu governo!
     E se este projecto for o escolhido pela maioria dos votantes, no dia das directas, asseguro-vos que seremos a referência futura para a social-democracia, no contexto internacional, porque temos condições humanas, para liderar uma alternativa de melhoramento do estado intelectual do Partido, ainda muito dependente da vontade de elites classistas, alienadas pelo interesse económico! Seremos sempre activos, à espera do acordar das nossas bases, para que o futuro incontornável se cumpra! A insatisfação geral dos governados assim o determina!

O companheiro;
J. M. Macedo de Barros, militante 11905; secção de Póvoa de Lanhoso; tm. 969087835/ 253634764; terraforma1@sapo.pt; https://www.facebook.com/profile.php?id=100000833767373

Por um Partido de homens, mulheres e jovens de pensamento e intervenção livres!


Descarregar aqui a folha de subscrição da minha candidatura

Caso tenham dificuldade, peçam envio de folha de subscrição, pelos contactos acima.

Sem comentários: